Produção de Café
A Novagrolider iniciou a sua actividade na cultura de café em 2018 e neste momento apresenta já uma plantação na ordem dos 70 hectares que pretende estender para chegar aos 150 hectares plantados até ao final de 2020
A Novagrolider pretende incluir no ciclo do café e em todas as fases os melhores métodos para um resultado final de grande sucesso. Consideramos em todo este ciclo, 8 fases primordiais a seguir com rigor, e por esta ordem:
1. PLANTAÇÃO
Apesar de existirem mais de 25 variedades de café, a Novagrolider pretende dedicar-se apenas a duas dessas variedades, sendo as que se destacam e são geralmente escolhidas para serem plantadas: arábica e robusta. Arábica é o grão utilizado para a maioria dos cafés especiais, e toda a nossa plantação até ao momento é desta variedade; já os do tipo robusta que também pretendemos cultivar num futuro próximo, integrarão os blends que são muito comuns nas prateleiras dos supermercados e casas da especialidade.
A plantação deve ser seguida com cuidados especiais já que em média, a demora para a produção ronda entre três e quatro anos para que a planta dê frutos.
2. COLHEITA
Normalmente a fruta do café deve atingir uma coloração, tipo cor de cereja para ser colhida. Mas é importante lembrar que algumas variedades apresentam o fruto maduro quando a cor é amarelada. Se for colhida antes do tempo, e com grande percentual de grãos verdes, a bebida perderá qualidade e o rendimento final será prejudicado. A Novagrolider irá usar dois tipos de colheita, a mecânica e a manual. Através da colheita manual o fruto poderá ser colhido de forma selectiva onde se poderão escolher apenas os frutos maduros. Esta colheita dará lugar a um produto gold / premium, muito importante para a imagem do seu produtor
A colheita por trabalho mecanizado que também pretendemos utilizar, dará o produto standard para o lote considerado normal para o comércio geral do sector do café.
3. FERMENTAÇÃO
Após a colheita, a Novagrolider procurará um processo rápido para evitar a deterioração. Dependendo do local e dos recursos, iremos considerar dois métodos para a fermentação. O mais tradicional que é o de secagem ao sol, em que o café será colocado em redes e revirado durante o dia para que seque por igual, sendo coberto durante a noite. Conhecido como método seco e natural, pode levar semanas, e possibilita a fermentação benéfica entre a casca e o grão. Este processo será usado para toda a nossa colheita manual.
O outro método que utilizaremos, envolve água e maquinaria, e baseia-se na separação da polpa e do grão. A polpa é lavada com água. Os grãos são separados por peso ao serem colocados em canais de água. Os mais leves flutuam para o topo, enquanto os grãos maduros, mais pesados, afundam. Em seguida, eles passarão por uma série de tambores rotativos que os separam por tamanho.
Depois, os grãos serão transportados para tanques de fermentação cheios de água. Dependendo de uma combinação de factores que envolve grãos, clima e altitude, eles permanecerão nestes tanques entre 12 e 48 horas. A finalidade deste processo será remover a camada lisa de mucilagem que ainda poderá estar no grão. Enquanto os grãos descansam nos tanques, enzimas naturais que se formam no processo farão com que esta camada se dissolva. Quando a fermentação estiver completa, os grãos estarão em estado bruto e ásperos ao toque. Nesse momento, eles serão lavados em canais de água adicionais.
4. SECAGEM
Se os grãos foram processados pelo método com água, os que estiverem despolpados e fermentados devem secar até atingirem 10% do volume inicial, quando podem ser preparados para o armazenamento. Esses grãos podem ser secos ao sol, em mesas de secagem ou pisos, onde eles serão remexidos regularmente. Eles também podem ser secos em máquinas. Uma vez ressecados, serão armazenados em sacos de sisal para lhe podermos manter a ventilação adequada. Esta preparação consiste em remover o resto da casca, polir os grãos e separá-los por cor e tamanho.
5. PROVA
Faremos também torras de pequenos lotes para uma prova de sabor do café a efectuar por profissionais que determinarão as características como, acidez, sabor e aroma, ou seja, procederemos a um cupping que naturalmente terá de ocorrer em ambiente próprio.
6. TORREFACÇÃO
Após ser aprovado, será a hora da torrar os grão. Esse processo transforma o café verde nos grãos castanho marron. A maioria da máquinas de torrefacção operam em temperatura elevada enquanto giram, espalhando calor por igual. Após a torragem, o café deve ser imediatamente resfriado com água ou ar. Esta etapa deverá ser realizada sempre o mais próxima possível do consumo/venda do café, pois, uma vez torrado, seu consumo deve ocorrer logo, para que sejam aproveitadas as qualidades totais da bebida.
7. MOAGEM
A Novagrolider dedicará cuidados especiais ao processo de moagem. O objectivo de uma moagem adequada será obter o máximo de sabor em uma chávena de café. O estilo da moagem, mais grossa ou mais fina, depende do método pelo qual o café vai ser preparado. Geralmente, quanto mais fina a moagem, mais rápido deve ser a preparação. É por isso que o café moído para uma máquina de café expresso é muito mais fino do que o café a ser coado.
8. PREPARAÇÃO
Esta talvez seja a parte mais interessante. São tantos métodos que dá para se fazerem várias experiências: máquina expressa, máquina de cápsulas, prensa francesa, aeropress, filtro de papel ou pano, ou cafeteira italiana…etc.
O importante é aproveitar no final, será aproveitar todo o café dentro da máxima qualidade.
Nota: A Novagrolider pretende ainda criar e registar a sua marca no mercado, e estabelecer o seu espaço negocial neste segmento tão interessante de negócio.